Onde a justiça possa empedrar os passeios...
Tem piedade de mim veneno que me matas de nobres ideais
Deixa-me arder neste sufoco de hinos saídos da boca aberta das visões
Deixa-me sonhar com crimes..imaginar infernos...baptizar danados...
Deixa-me morrer de sede...cumprimentar bispos...engolir infortúnios...
Deixa-me arder coberto por um inocente pecado.. embebedado em delícias condenadas
Que te posso pedir mais? Talvez ...ignóbeis dias...bichanares de ratos e ratas...
Infernos...infernos...tragam-me já todos os deliciosos infernos...
Quero lançar no fogo todas as ambições e todos os escravos...
Mutilar todos os retiros espirituais...Satã não pode esperar...e o Inverno é para engolir...
Agora que tenho a infância coberta de erva..e os cabelos cobertos de neve...
Exijo um conluio...quero um coitadinho para mimar...e um perfume falso para ordenhar...
Quero esfarelar o Bem...explicar o Mal...beber na pia baptismal...a salvação colérica...
Quero a perfeição da vergonha...e a estupidez de uma estúpida verdade...
Quero calar os princípios do discernimento...estudar a perfeição do acasalamento
Quero um oceano coberto por um céu insuportavelmente firme...
Insuportavelmente ignóbil...
Onde possa ver chamas a sair de um mutilado...como a raiva de um falo enclausurado...
Onde a justiça possa empedrar os passeios... e eu me possa calar de vergonha...
Porque afinal...não sei o que são as leis humanas...nem o meu corpo tem tanta sede...
Que não possa passar sem água...