Onde as auroras crescem - sexto poema de Natal
No Natal, o céu é leve e fresco
Os sinos são sinais
Os olhos são meninos
As estrelas são milagres
No Natal, o frio é como um beijo
As luzes são as flores
Belém é uma miragem
As palhas são confortos
No Natal, os homens são mais claros
Os deuses são paisagens
O tempo tem um nome
Gravado nas imagens.
No Natal, as sombras estão suspensas
Os risos são embalos
As manhãs são perfeições
Debruadas pelos sonhos
No Natal, renascemos com asas
Somos largos horizontes
E alucinantes luzes
Puras como mares profundos
No Natal, somos límpidas manhãs
Crescendo na pureza
De um tempo renovado
E somos o poente onde as auroras crescem.