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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Onde as aves se perdem

Ali...ao longe..

Vejo o versátil mistério de um sonho

Que ondula no perfume dos segundos

Ali...ao longe...

Vejo-me como quem respira pelo voo das águias

 

É manhã...

E cai sobre mim um ar gelado...velado

Como se na indefinição dos céus

O meu corpo de homem ondulasse na aragem

E depois...as memórias fluem

Os braços não abraçam ….os dedos desesperam

Os sentidos são como orquestras desafinadas

São como correntes presas ao sonho

Das colinas que além espreitam

 

Fino é o galho onde o meu corpo se prende

Fina é a melancolia

Que se arrasta pela velatura dos sonhos

Há nuvens...há cantos...

Há sombras ensimesmadas

Que se alojam no meu corpo

Sou agora o respaldo do mistério

Que ondula na roda do amor

Sou a respiração e o voo dos cabelos ao vento

Sou o fio que apruma

O meu fantástico sonho de fantasma

O toque leve do temporal

Que lava a planície distante

 

Espreito por dentro do vento...que invento

Comparo-me com a invernia

Que despe as amendoeiras

E com a terra vazia onde as mãos não tocam

Comparo-me com o fumo que baila na praia vazia

 

O aço do meu rumo... quebrou-se

O titânico esforço que fiz

Para traçar o meu retrato sem rasuras...afundou-se

Desatei os nós do destino...perdi a minha raiz.

Sou agora...apenas uma pedra

Que se afunda no lago caótico dos dias

Como se vivesse na antecâmara de mim

E os meus lábios fossem instrumentos impassíveis....colossais

Que nasceram de um impossível deserto

Onde as aves se perdem

E o cinzento desabrocha...

 

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