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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Onde não há poesia

Nascemos calados

Ingénuos...originais...sem pecados

Forçamos as horas a susterem-nos no tempo

Crescemos...

Depois a nossa estátua alegra-se

O tempo da fuligem cinzenta passa

E cismamos...incandescentes

Como seixos ao sol plantados na areia dos verso

Pensamos...

Quem se terá lembrado de chamar ao amor...pecado?

Pensamos no peso do pecado

Qual peso?

O pecado não tem peso

Porque não existe pecado

É uma invenção...um desregramento

Somos dois...somos muitos...alegra-te

A balança não se desequilibrará

A soma fabulosa da perfeição

Resultou em homem e mulher

E... por isso... inúteis são os que dizem

Que não podemos renascer todos os dias

Inúteis são os arcanjos terrestres

Mestres do cinismo

Que claudicam no tédio balofo

Onde não há poesia...

 

Inspiração...

Esculpe em mim todas as palavras

Diz-me todos os teus segredos

Torna-me um verso imperfeito

Deixa-me contar pelos dedos

Os sérios...os coitados...

Deixa-me chamar aos pecados

Elevações robustas da alma...

Deixa-me chamar aos pecados

Razão...fogo...incandescência.

Deixa-me chamar aos que condenam os pecados

Espectros...dores...insignificâncias

Porque poucos sabem

Que na hora em que nascemos

Já somos cinzas petrificadas

Sepulcros perfeitos...terra ardida....fogo solar

E perante isso...

Deixemos o nosso esqueleto pecar

Pecar...pecar...

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