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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Os castanheiros

Visito as pedras desgastadas pelos rostos envelhecidos dos pastores

Há fantasmas de rostos angulares subindo pelos montes

As cabras soltam gemidos de águas esverdeadas

Rostos esculpidos em rugas polidas descansam nas sombras

Para além... o horizonte desgasta os olhos

As colinas são rasgadas por mãos calejadas

Mãos que só conhecem os mesmos lugares

No céu flutuam aves de rapina...

Sinuosas veredas vêm ao nosso encontro

E nós quedamo-nos absortos...

À sombra do balido dos castanheiros.

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