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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Os homens-deuses

De um céu antigo desce a nostalgia dos olhos

Desponto na espessura cálida do nordeste

E vejo homens-estalactites

Pendurados nas abóbadas lascivas das palavras

E vejo homens assombrados pela beleza escura dos desertos

Homens-sonho...homens-digitais

Homens que procuram berços no canto dos pássaros perdidos

As luzes assombram o delírio das mansardas

Homens-espectro dançam nos recantos dos beirais

Com olhos líquidos derramando-se pelos glaciares das ruas

E há uma tosse a aliciar as tardes

Há gotas de água a escorrer pelas costas das árvores

E um homem-teia ondula no silêncio inócuo dos corredores

Como tonitruantes castas de assombro

Como húmidos voos de águias

Como despovoados alicerces sem eira nem beira

Assim andam...descalços...pelas paredes das casas

A colher amanhãs...os homens-deuses...

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