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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Os pais modernos não despertam nos filhos o gosto pelas artes...

 


Hoje em dia os pais dão aos filhos computadores, tablets, telemóveis de última geração, mas não despertam os filhos para as coisas que realmente são importantes, as artes e a natureza...
Digo isto porque vivem incrustadas em mim, tão naturalmente como o sangue que me corre nas veias ou o ar que respiro duas paixões, uma pela natureza, outra pela arte e ambas por influências dos meus pais. Do meu pai recebi a amor pela natureza, dávamos longos passeios pelo campo e ele conhecia todos os nomes das ervas e das plantas e de todos os pássaros, conhecia-os pelo cantar sabia quais eram os pintassilgos, verdelhões, tentilhões, taralhões, cartaxos,pardais, mostrou-me mochos e corujas, enfim sabia tudo sobre os animais e as plantas do local onde vivíamos. Da minha mãe ficou-me o gosto pela arte, ela gostava de pintura, não que percebesse de romantismo, renascentismo, pontilhismo, cubismo,impressionismo, surrealismo,ou abstracto , não, ela gostava da cor e da forma e influenciou-me, viciou-me na pintura. Mas a maior marca que ela me deixou foi a poesia... que dizia para mim, dizia-me poemas que já não recordo, nem sei se na altura os percebia, mas o que me deixou uma marca indelével foi a musicalidade das palavras e a beleza da dicção...hoje ler poesia ou escrever, ou passear na natureza, é atingir aquele ponto em que levanto os pés da terra e só vejo céu...e tudo graças às coisas que aprendi com os meus pais na infância...