Palavras soltas #13
De cada vez que um fascínio se levanta na madrugada
De cada vez que um fogo se acende no peito
Logo salta um tumulto de geada
E um segredo se acolhe na frente entreaberta da estrada
E já lá vem a tempestade desabitada
E aqui chegam ecos de outras fantasias
E aqui se erguem enseadas
E aqui se ouvem as falas de outros dias.
Mostra-me essa chama que se cala
Come-me esse tempo que se diz
Metáfora do que foi a chuva rala
Metáfora de gente e de verniz
Que uma força sustente a fantasia
Que um choro se mostre em cada chão
Que gente se esconde na agonia
De ser apenas gente...
Pendurada na beleza feérica de dizer... não!