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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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Pandemias que assolaram o mundo – A Pneumónica #2

Na continuação das pandemias que assolaram o mundo, hoje vou falar sobre a que ficou impropriamente conhecida como gripe espanhola.

 

A epidemia de pneumónica coincidiu com o fim da Primeira Guerra Mundial – e foi muito mais mortífera que a própria guerra em todas as frentes. Enquanto o conflito matou cerca de 23 milhões de pessoas, a pneumónica matou cerca de 50 milhões. […] a causa da morte de tantas pessoas era, curiosamente, as chamadas tempestades citocinas, que é uma reacção do sistema imunitário para combater o vírus. Decorrente desta reacção as vítimas afogavam-se nos fluidos que os pulmões segregavam para combater o vírus.

 

Apesar do nome de “gripe espanhola”, a Espanha não tem qualquer relação com a origem da doença: esta veio dos Estados Unidos e foram os soldados americanos que a espalharam pelos quartéis e campos de batalha da Europa.

 

O vírus que causou a pneumónica foi o mesmo que surgiu em 2009 o (H1N1). Este vírus revelou-se pela primeira vez no estado americano do Kansas, em janeiro de 1918. no dia 4 de março desse ano, o cozinheiro Albert Gitchel do quartel de Fort Rylei, adoeceu. Poucos dias depois. Mais de 500 soldados daquela unidade estavam infectados. […] os primeiros casos em Portugal verificaram-se em maio de 1918, nesse mesmo mês foram detetados casos em Espanha e Grécia. Em junho foram a Dinamarca e a Noruega. Em agosto Holanda e Suécia. E também na Serra Leoa em África. Nesta altura foi declarada a pandemia. A gripe espalhara-se por todo o mundo.

 

Em 1920 a gripe chegou ao Ártico e às ilhas do Pacifico. Foram infectadas 500 milhões de pessoas – mais de um terço da população mundial. […] a pneumónica matou cerca de 3 por cento da população mundial e foi descrita como “ o maior holocausto médico da história”, pensa-se que pode ter morto mais gente que a peste negra.

 

No outono de 1918 surgiu uma segunda vaga da doença, resultado de uma mutação do vírus, que se revelou ainda mais mortífera e grassou até janeiro de 1919. Seguiu-se ainda uma terceira vaga a partir de fevereiro desse ano e até 1920 foram identificadas pessoas com a doença.

 

A pneumónica vitimou entre outros, o pintor Amadeo de Souza-Cardoso e os pastorinhos Francisco Marto em 1919 com 10 anos e a sua irmã Jacinta em 1920 com 9 anos. ***

 

******* Baseado no livro de João Ferreira - Histórias Bizarras de um Mundo Absurdo

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