Passam por mim antiquíssimos céus
Passam por mim antiquíssimos céus
No cimo dos mastros baloiçam as aves
Fora do tempo brilham as asas dos peixes
Os meus olhos confundem-se com a felicidade da espuma
São olhos de salmoura
Saltimbancos de espaços
Que tocam nos extremos felizes dos mares
E sobem... e descem...
São prolongamentos de um tempo melancólico
São fantásticos seres que caem verticalmente dos sonhos das flores
Como infinitos que brilham no sono das luzes...