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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Passam por mim antiquíssimos céus

Passam por mim antiquíssimos céus

No cimo dos mastros baloiçam as aves

Fora do tempo brilham as asas dos peixes

Os meus olhos confundem-se com a felicidade da espuma

São olhos de salmoura

Saltimbancos de espaços

Que tocam nos extremos felizes dos mares

E sobem... e descem...

São prolongamentos de um tempo melancólico

São fantásticos seres que caem verticalmente dos sonhos das flores

Como infinitos que brilham no sono das luzes...