Pássaro absurdo
Em volta de um tempo inventei um destino
Será do luar...será que imagino...
Ou estou a sonhar?
Vesti o meu sudário feito de chuva florida
Aceitei todos os perfumes que encontrei na Vida
E bebi o meu vinho pelo cristal da partida.
Não sei do sol nem das órbitas do mar
Não sei das mãos que vejo a acenar
Só sei da voz que me fala do mundo
Só sei que me fecho num poço sem fundo
E ao meu lado escuto um pássaro absurdo
Que me diz para...voar!