Passeio pelo parque
De manhã passeio pelo parque,
Ando pelos relvados ladeados de árvores.
Passeio inconsciente da consciência delas
E elas olham-me
Inconscientes da minha consciência...
Em que súbitos aromas terei que despertar?
Com que cardos terei que cobrir o meu corpo?
Com que espinhos terei que punir a alma ?
Que delírios esquecidos terei que percorrer?
Que fumos espessos terei que atravessar?
Para ser apenas eu...
Os dias partem claros e ardentes
As lembranças lutam
Contra teu impenetrável aroma
Mas as minhas mãos exalam ainda
O perfume do teu corpo