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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Passos escorrem pela órbita sintética dos dias

Passos escorrem pela órbita sintética dos dias

Da nossa máscara sairá um ódio...ou um lamento

Sob os tectos ávidos de infinito...a morte veste-se de luz

A neve tilinta num brilho que ofusca as pedras

Enquanto nós..copiamos vidas..experimentamos fogos...mordemos urgências

A nossa língua beija os fantasmas que circulam pela nossa pele

No nosso sono o medo diz-nos que é urgente escrever o nome do consolo

A nossa língua beija a sorte...beija fotografias onde não está vivalma

Mas continuamos a juntar dentro da nossa verdade...

Os tijolos que nas fazem sentir construtores de infinitos

E enquanto as plantas dormem na música dos astros

Enquanto a incoerente solidão se despeja pelos nossos soluços

Fechamo-nos..como miolos de sangue enfastiado

Como corpos presos na gravidade absoluta dos dias

Como risos de mares que se escoam pelas tardes

A rir dizemos que nascemos de novo...que somos novos...que temos brilho

Mas o vento...corre como se nos dissesse que somos herméticos...baixos..lunares

Que manchamos a vida como esboços de aguarelas sedentas de cor

Como disfarces de uma luz que morre na sala de jantar

Como paisagens que sobem pelas colinas...como simulacros de luas despovoadas

Como se já não vivêssemos na divisibilidade incoerente da nossa alma...