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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Peito apavorado...

Peito apavorado...gota de paixão a escorrer pela face subtil das tardes

Como se pode dizer que a esperança é a evasão morna da vida

Se avida se desencontra na trituração dos dias

E os deuses comem as promessas que nunca fizeram

Insolúvel oceano de dúvidas...abissal mistério das angústias

Que estrela nos gerou...? Que fome nos comeu a soma da esperança?

Que venham os dias...que se desocultem as lendas

Para que os céus e os olhos possam descrer de nós

restam-nos os abraços e a paz dos desencontros

Resta-nos a aventura do nosso inferno

Imortal é a luz e o espanto

Fugazes são as ideias das coisas que não sabemos...nem queremos saber

No átrio que existe no nosso peito....dançamos a valsa das coisas proibidas

Subtraímos aos sonhos bolorentos...a paixão...a eterna paixão das sombras

Instalada a alma...instalado o sangue oceânico que nos faz remar

Voguemos...como templos geniais...agitando o vento e as angústias...