Pela nossa liberdade...
Ao lado dos profetas da desgraça temos os profetas do desconfinamento. Os profetas da liberdade. Sim! Não se pode cortar a liberdade de expressão mesmo que certo congresso seja uma forma de desrespeitar quem luta nos hospitais pela nossa saúde.
Se o níveis de contágio aumentam, confina-se. Se os níveis de contágio diminuem, desconfina-se. Assim, vamos de confinamento e desconfinamento em confinamento e desconfinamento, com o número de mortos e internados sempre a aumentar, até à vacina final. A vacina essa mística figura da nossa salvação.
Pergunto, sabendo todos nós que o desconfinamento dá origem a um maior número de pessoas infectadas, porque não manter o confinamento? Falo de, por exemplo, manter sempre o recolher obrigatório,( não este das 13 horas ao fim-de-semana), mas um mais realista, em seja obrigatório o recolher durante a semana às 23h e ao fim-de-semana às 20 horas.
Quem é que ainda não compreendeu que o vírus não tem contemplações com medidas que não sejam realmente obrigatórias e duras? Também é preciso recordar( é preciso?), que o que estamos a viver não é para sempre. É temporário. Por isso não me venham com as tretas da liberdade. Eu que vivi no tempo em que era proibido falar contra o governo, situação que durou 48 anos, não percebo como é que agora estes choramingas das liberdades,( não é só a extrema esquerda, uma direita também dada a extremismos alinha na mesma opinião), não conseguem suportar uns dias ou meses em que a mesma seja um pouco reduzida.
Compete ao governo implementar medidas, e sabemos que têm que ser as mais difíceis. Mas caramba, comparar a nossa mordaça à dos norte-coreanos,ou com a da jornalista chinesa Zhang Zhan,que pode apanhar 5 anos de prisão só por ter feito uma reportagem emWuhan sobre a covide, é comparar p...com marmelos. Por isso as medidas mais gravosas deveriam ser mantidas até ao fim da pandemia. Para defesa da nossa saúde. Para defesa do SNS. Para defesa da nossa liberdade de reunião com família e amigos.