Pergunto à nova hora o que faço aqui
Pergunto à nova hora o que faço aqui
Corpo e alma desertos de nascimento...superstição e demónio...
Que música cantarei nos céus...se não sei cantar
Que sabedoria apresentarei a Deus...se nada sei...
Quem lá adorarei...se tu lá não estás...
Que tirano encontrarei sentado para me amaldiçoar
E para me dizer que ganhei...a paz....
Mas...digo à nova hora o que já não faço aqui
Digo-lhe que já não vejo natais nem luzes...
Digo-lhe que já não oiço os desertos
Digo-lhe que já não amaldiçoo a vida
Digo-lhe que já não ranjo o dentes quando não te vejo
Digo-lhe que as minhas queixas...de mendigo...
São o sangue seco que jorra dos cânticos
E que eu já não sou um arbusto...
Plantado em solo infértil...