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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

É o vento...

Perfume de mortos a acariciar a terra

A brisa sopra sobre uma felicidade cinzenta

Das margens do tédio erguem-se anos de fumo

É isto a vida....

Um sol que desce em ziguezague por entre a ferrugem dos corpos

Uma noite de pedra a calcinar os olhos

Uma felicidade que peregrina por dentro de um sopro de ar

Uma agonia que volta e meia se veste de fumo

Uma hilariante provação de vozes

Um cruzar de madrugadas sibilantes

O nada...dorme dentro do meu pesadelo

A indiferença é uma inquietação a desafiar a alma

O corpo suplica pela mentira nervosa da noite

A porta abana...as portadas abanam... abro-as...

É o vento...

Pede-me que o deixe sentar no sofá da comédia

E juntos... rimo-nos...

Dos pregos espetados no sonho dos homens...