Platão e a falta de Médicos de Família
A falta de Médicos de Família faz-se sentir de forma mais aguda na Região de Lisboa e Vale do Tejo. Mas a culpa não é só do governo por não criar condições favoráveis e atractivas para os médicos. Na freguesia onde resido quase todos os utentes têm Médico de Família. É residual o número dos que o não têm. Contudo no futuro, e por culpa da Câmara Municipal, haverá um grande número de utentes sem o dito médico e porquê? Porque quem preside à Câmara não lê Platão. Ora Platão na República diz-nos que as cidades devem ter um determinado número de habitantes e que a partir desse número não deve haver mais aumento de população. E o que é que a minha Câmara Municipal fez? Autorizou construção de algumas centenas de fogos na minha freguesia. Qualquer coisa a rodar os mil fogos. Mil fogos são no mínimo 2000 pessoas e pedem ir até 4000 ou mais. Perante isto o Centro de Saúde não está preparado e os futuros habitantes desta “paróquia” ficarão sem Médico de Família, a não ser que haja um reforço nas contratações. À Câmara não lhe interessa o bem-estar dos munícipes, nem quer saber se há médicos disponíveis, ( muito embora o Presidente fale para a televisão e se diga muito preocupado com a falta de médicos) interessa-lhe mais o aumento de IMI que vai cobrar.