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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Podia descer contigo pelas veredas e passear por entre as tardes amenas..

 


Como num sonho... carrego a memória de um pássaro que voa sobre o vazio


Das asas pendem pequenos cristais de sal...lágrimas translúcidas...desvanecidas tardes


Sei que ninguém gosta da impotência da escuridão...nem dos rios que transbordam


Mas tu deslizas sobre o vento...deitas-te ao lado das folhas húmidas..és uma  voz


Podia descer contigo pelas veredas e passear por entre as tardes amenas..


Apanhar banhos de sol...nadar num lago feito de maresias...ser a tua pele...sermos a tua pele


Mas a vegetação cobriu-nos...o vento atordoou-nos...uma parte de nós despenhou-se na bruma


E a ilha que queríamos alcançar desvaneceu-se...


Resta-nos a melancolia de um fantasma...uma dor que se sente só...uma água branca...


O nosso riso rodopia agora num infindável poço...onde os gemidos da água sopram inertes


Mas onde se ouvem repicar os sinos...e as nossas vozes falam de passados arquejantes!