Por fim...dançarei com o teu medo...e incendiarei a tua voz...
Dançarei contigo sobre a luminescente tontura de um gesto qualquer...
Minha tâmara nómada feita de jogos apaixonados...minha orbital aura de luz frágil...
Que medita sobre uma paixão que lhe lambe todos os sorrisos...
Como um mundo angustiado...indefeso sobre um labirinto feito de mágoas...
Dançarei contigo através de todas as solidões...e todos os tropeções que dermos...
Serão azulíneas línguas de sedas escarpadas...réstias de luz em lagos apaixonados...
Conchas de mel escarlate que vibra na adolescente noite...amor e mar..ar e Atlântico
Coral salpicado pela espuma de Algeciras...Ceuta petrificada em golfinhos de ouro
Haxixe e néon sentados na baía...à beira mar ...
Mordida desértica de um ritual feito em porcelanas alquímicas...
Ming serpenteando no corpo do dragão...foz e asa de morcego...
Moscas que dançam valsas nos subúrbios que devoram metais...
Ar rouco saindo de uma dentada que mata a poesia...feroz dia cortado em fatias...
Prepúcio descansando sobre uma pirâmide de encantos raros...
Sexos feitos de rituais cobertos de lume alado...asas de solidão temente da loucura...
Mordida precipitada...dor lancinante de prazeres rubros....devorantes...
Santificados pelos apelos do corpo...salpicados de mel e frenesim...
Onde por fim...dançarei com o teu medo...e incendiarei a tua voz...