Pressinto os teus passos
Abano os braços e ergo os ventos
Finjo ser um sonho ancorado na areia
Durmo sobre um abraço
Como uma águia líquida aberta ao espaço
Sonho com retratos de resplandecentes rios
Enquanto nas profundeza dos ventos ecoam carnes
Atalhos talhados em anoiteceres
Das janelas escorrem seivas tristes
Pássaros agitam-se como presságios
Adormeço de barriga para baixo
Cruzo os pulsos...
Agito-me como as árvores
E depois do sonho...finalmente
Pressinto os teus passos!