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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Processar a dor...

Explode um inferno na tua cabeça. Queimaste as tuas asas em fogo de inverno. Tinhas o medo e o veneno. Um dia...deste voz a todos os anseios. Diluíste os teus dilemas. Deixaste de ser uma débil construção de ti. Ergueste-te. Sabias que estavas errado. Que vivias na obstrução da felicidade. Mas querias ser sincero...e não uma caricatura de ti. Então...olhaste e viste como a lágrima que cai se renova. Como a manhã salva a inquietação da noite. Como poderias arrancar o espinho. Destecer a encruzilhada. E distribuir-te pela vida. Soubeste que de nada vale uma ânsia. Mas querias submergir. Saber qual a importância de uma ofensa. Descobrir a grandeza de uma pose marcial. Uma pose de ti que os outros não vejam. As memórias insinuavam-se como figurinos da dor. Sabias que o cansaço do inferno deixa um rasto na alma. Algo assim como uma alameda de árvores decrépitas...sem folhas nem frutos. Mas afinal...apenas querias rebentar essa bolha secreta. Essa dor secreta. Essa apologia secreta do sofrimento. E sorrir...como quem instaura um processo ...à dor!

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