Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Que se dane o mundo

Magro sopro aflito....lento desfiar de horas...eira trigo Egipto

Mordaça na boca a tapar verdades...caule de palavra...zinco de saudades

Peito de enseada...abrigo de instante...sonho de bocejo...pétala reluzente

Hemisfério de vida...ópio ocultado...ocaso de beijo...acaso de ferida

Num instante vejo...ternura aguardada... num instante perco...o fio da meada

Num claro-escuro brilho...despojada fonte...a água já não corre...já só sobe o monte

Fantasma de ventre...pertinaz aurora...chega de ser gaze... na ferida que chora

Chega de ser fundo...chega de ser poço...vi o fim do mundo...a naufragar num moço

De estrada sem sala...lenta vasta insana...vi fome na bala...

Vi sombra na cara...quem dispara o sonho? quem ri de si?...tristonho

O fogo o fumo...o cristal do ar...que se fine o cheiro...que se dane o mundo...inteiro.

4 comentários

Comentar post