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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Que um riso desponte

Temos um querer...e é tudo o que temos. Estamos sempre a querer alguma coisa. Que não nos irritem. Que um riso desponte. E até queremos que as palavras de carinho não se sequem na nossa garganta. Esquecermo-nos de querer...é o mesmo que chegar tarde à vida. Metade de nós é uma obstinação. A outra...é um livro cheio de histórias. Podemos deixar que desfolhem as nossas páginas. Gostamos que se entretenham com as nossas imagens. E não há qualquer razão para não querermos que a nossa gargalhada encha a vida dos outros. Não querer nada é um aborrecimento. Querer tudo é ainda mais aborrecido...porque não se sabe o que se quer. Somos piões. Rodamos com a corda da vida atada em volta de nós. E vamos desembrulhando as chatices que nos chegam em pacotes volumosos. Mas mesmo assim gostamos de tudo o que vai nascer. O sol. Uma criança. Um horizonte que desperta pela manhã. Queremos ser a janela que se mistura com quem passa na rua. Queremos ser um nome. Atiramos às cinzas todas as profecias...e seguimos como quem se ergue. Inteiro.

 

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