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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Quem fomos?

A infância é a nossa porta para a vida. A nossa manhã feliz. A nossa emoção desconhecida. Também desconhecemos a subtileza das coisas. As nuvens negras. O crepúsculo distante. Na infância não temos dias sombrios. Temos leves manhãs e delicadas tardes. Brincamos. Somos a luz dourada da vida. Ao mesmo tempo somos a gota de luz que se dispersa. O veleiro de proa erguida que segue sem horizontes. Somos a manhã de verão e a tarde de domingo. Somos a jóia rara cujo brilho é inexplicável. Somos leves. Não carregamos fardos. Temos a ressonância brilhante da felicidade. Somos a sombra leve da árvore. E não suspeitamos...que um dia...ninguém saberá quem fomos.

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