Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Quem nos poderá ler? 1 foto 1 texto

08-06-2014 048.jpg

Escuto as cigarras

O desespero percorre o meu quarto

Largo e profundo mundo de coisas pouco importantes

Exalo tempestades...fujo

Bebo sonhos como quem caminha por atalhos

Luzes abertas no meu espírito cansado

Sou o solo de nada...de coisa nenhuma...de lado nenhum

Arrepio bloqueado no escuro

Se a lua encobrisse todos os tédios

E todos os nomes dos meses

Se a lua encobrisse tudo o que trago pendurado em mim

Que é muito pouco

Um quase nada que me entontece

Um fugir pela madrugada pedregosa

Como um chão empestado de corpos prostrados

A fugir...a fugir...a fugir...

A fugir de uma noite que me amarra a outro dia

Que me atira para lugares espessos

Sonhos espaciais

Fervendo no ventre da terra encoberta pela noite

Risco de silêncio molhado pela cacimba da alma

Braços abertos a lugares infinitos

Nuvens que bebem os meus arrepios

Perguntas infinitas...mães de todas as respostas

Somos livros escritos....descritos...belos

Mas quem nos poderá ler?

4 comentários

Comentar post