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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Querer...

 

Quero que no meu mais profundo grito se abrigue o sangue visionário das memórias

Quero que todos os instantes sejam visões de remotas ilhas inexplicáveis

Onde o assombro começa nas chagas das papoilas

E os porquês egípcios rejubilam nas maçãs do rosto de um qualquer tempo imaculado

 

Quero perdurar por dentro da circuncisão da terra e revelar o segredo íntimo das medusas

E esperar... esperar que os corpos se ergam como fotografias de mármore

Depois quero voltar ao instante em que os dedos cansados desenhem ternura num papel imaculado

Mostrando-me os vertiginosos arquipélagos que despertam na orla embriagada das gaivotas.