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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Recolho-me às palavras

Fecho a minha porta ao mundo

Recolho-me às palavras

Que são a minha testemunha dos dias arrastados

Por isso matizo as minhas horas

Com a beleza fulminante dos saturados

E pergunto aos encantos pela essência dos dias mortos

E pergunto à noite pela cor das pétalas das papoilas

E pergunto às coisas por que passei se me viram acordado

Ou se me viram arrastado

Como uma sepultura rósea num jardim desencantado...

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