Remorso...
Ah! não esperes por mim para te arrancar um grito...ou um espanto...
Não acendas velas...quando eu chegar...
Porque eu chegarei apagado
Serei uma penumbra que entra no teu quarto
Serei a noite que se entrega por um instante na escuridão
Serei uma portada noturna...um eremita pecador...
Não volto a esta casa...
Onde os sonhos se despem em realidade
Onde os pensamentos distraídos vagueiam em longas horas
Onde os instantes são inúteis mordaças
Onde os abraços são silêncios...
Não te iludas com falsos tormentos
Não te prendas a ilusórios rancores...fanáticos apelos sem sentido...
Tudo é tão natural...
Que até os remorsos não devem ocupar espaço!