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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Se de manhã encontrares um vento que sopra sorrisos felizes

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E se de manhã encontrares um vento que sopra sorrisos felizes

Se as crianças se emocionarem com a velhice

Se os barcos amarem as lágrimas excessivas das janelas

Contarás a quem encontrares..que deixaste a emoção parar-te os lábios

Que a tua boca sôfrega aprendeu a voar...e que percebeste que no final do mar há prazer

 

Se de manhã encontrares a paz..se descobrires que as ondas do mar carregam longas travessias

E que homens dão abraços a quem sabe das invenções da vida

Se um dia te encontrares com o teu suor..e a tua roupa pestanejar poemas

dirás a quem te vir...que descobriste o território onde o voo das aves começa

e que voaste com elas dentro de um quadro de Miró

 

Se de manhã encontrares tudo o que resta de ti

Se perceberes que o fascínio das incertezas é a canonização da vida

Verás que todas as tentações são apenas restos de existências

E que a ergonomia do amor reside no barulho da chuva que cai sobre os teus lábios

Então dirás a quem te ouvir...que os dicionários já não servem..que as frases já não têm ouvintes

E que tudo o que sabes...é que dentro de um abraço..reside todo o teu mundo...