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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sejamos memória...

Por vezes quero ouvir-me a estoirar como um desabafo de um cometa

Outras vezes quero ser a fúria do mundo e decepar os ventos...

Com a imaginação de uma criança...

 

Um dia explodi...não sei o que disse

Não sei se ofendi...

Mas senti a clareza de ser eu...

 

Passam por mim aves soluçantes

Sonhei que existia antes de alguém perguntar quem sou

E continuarei a existir mesmo que não perguntem quem era.

 

Sejamos memória...

Lavemos as mãos no lajedo da carne

Do nada se esculpe uma vida

Do nada se fazem as tardes

Quando descem sobre as estradas de silêncios poeirentos.