Sem chama nem alma..
Um dia hei-de flutuar onde nada me seguir
Terei um rosto aceso... nas velas feitas com cera das Arábias
Serei a memória imobilizada num rosto..uma estátua sem espaço..uma pele sem carne
As minhas mãos pegarão no sangue seco dos rubis
E deles farei as algemas da profunda noite...dizimarei os fogos e os prantos
Serei autêntico...como se ardesse num pedestal de lágrimas
Farei com que o mundo me transporte nas suas costas
Dos meus cabelos sairá o esquecimento..ornamentado por duas luas pálidas..
Sem chama nem alma..