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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sentado no meu banco ao fundo do quintal

Concentro-me densamente no meu ser
E num arrebatamento fascinado
Descubro incríveis sinais de tesouros
Soterrados no âmago do meu espírito
Como crisálias dentro do casulo
Como uma constelação Láctea de expressividade
Gritam em enormes espirros o meu nome e,
Nomeiam-me o seu explorador oficial,
Passo a ser o navegador que procura os seus destroços coloridos
Perseguindo as palavras enterradas na mina
Onde me aguardam as ideias escondidas...
Esvazio esse tesouro que jaz na minha consciência
Sobre um fundo de papel branco e carecido de palavras
Depois, com uma expressão espantada de mim
Sentado no meu banco ao fundo do quintal
Fecho-me a sete chaves... por dentro.