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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Serei leve...

Um dia...terei a paz dos que enxugaram as lágrimas...
O inferno ser-me-á concedido...terei Cristo como companheiro
Serei poupado às lágrimas ..que ninguém por mim chorará
Serei poupado a todos os imbecis...límpidos de mácula
Terei um relógio a lembrar-me a hora da loucura...e um caixão cheio de inocência
Não carregarei os fardos dos maníacos...nem dos paraísos...
Transportarei a vertigem da transgressão...e o conforto será o meu castigo...
Caramba...quero apreciar a minha viagens de núpcias com o mundo...
Quero brincar aos prisioneiros...aos maníacos...aos desprezados...
Detesto a caridade ...por isso..flutuem longe de mim...obscenos santos..
Desprezarei os angélicos ideais...rebuscarei no fundo dos antigos eremitas
Representarei a farsa dos corações sensíveis...voarei...
Só peço que me emprestem a vertigem...caso não encontre a minha
Porque desci os degraus que conduzem à falta de senso...
E...porque quero atirar sal...sobre os conformados...
E convertê-los... no mar em chamas.
No inverno... percorrerei as estradas descalço...
Trotarei como um fogo nas têmporas...rolarei como um sol...
E o meu chicote estalará sobre as costas dos honrados...
Serei leve...