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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sinais

Não procures sinais. Segue em frente. Desobedece aos caprichos da vida. Beija as pedras e tudo o que não faça sentido. Quem sabe se encontrarás algum sentido no beijar das pedras? Não faças desenhos nem te despeças como quem não tem para onde ir. Qual é a melhor definição de ti? Talvez nenhuma. Talvez todas as definições de ti caibam numa algema. Ou numa frase. Ou num barco. Que tal...desdenhares da vida e brilhares? Como quem atinge o cúmulo de si próprio. Gasta-te. Agarra-te às ruas com garras de hera. E se não souberes parar. Segue. De que serve parar a quem não tem sítio onde parar?

 

É misterioso esse relógio que trazemos. Misteriosa é a noite. Misterioso é o tropeção que damos quando o destino nos quer calar. Oferece um livro. Dorme como um filósofo. E acorda como quem se esqueceu de si. Por ti passam horas...números...contas...dívidas. Por ti passam momentos...e tu...inconsciente de ti...aguardas. Aguardas pelo dia em que não faças absolutamente nada. Guardas o teu silêncio como se o tivesses à tua guarda. Cão de silêncio. Lívido quadro feito de mistérios. vês correr os dias e aguardas. Vês os náufragos e aguardas. Também tu és um naufrago. Falas uma língua só tua. Percebes os passarinhos. E sabes que na face escura da lua está simplesmente o outro lado da lua. Como todos nós. Como tu. Que vives no pantagruelismo circular da vida.