Sombras...
Que sombras restarão de mim quando a lama comer a minha alma?
Que flores inocentes florirão sobre os meus cabelos de prata?
Que vaidades a vida fará perante a maré ...cheia de lua...mas vazia de mim...
E os afectuosos espetáculos matinais esperarão pelo sol?
E os desejos..doces...perturbadores...ficarão a pairar nas alegrias
Ou nas copas das árvores prostradas pela secura das lágrimas?
Diz-me secreto grito aspirado pelas minhas profundezas
Responde-me obscuro sonho de liberdade...
Veste o teu vestido...deslumbra-me...
Porque eu sei que a manhã com os seus profundos tons laranja
Virá assediar-me a abandonar este encantamento...caprichoso...
De onde não pretendo sair...