Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sombrias paixões

Vestidos de sangue negro

Incoerentes caminhos me perseguem

Brilhantes como fogo

Impiedosos como dores imaginárias

Surpreendentes como poços afundados

Em abóbadas brilhantes

Estremecidos como bálsamos

Pintados nas paredes da alma

Ou como demónios enervados

Pela frescura iluminada dos pavores

Apontam-me instantes

Fundos de cavernas secretas

Grutas de pele molhada...

Mas...para que os quero eu?

Se me basta a respiração da minha agonia

Se me basta o fogo que ruge... prolongadamente

Como um tempo de brincar.

Se me basta que a minha voz

Expluda como a de um eterno contorcionista

Que a minha Razão acorde

Para a noite que se deita na minha cama

E me desperte o supremo desejo

De escutar as cores que se sentam na manhã

Que sob uma tempestade de espectros

Me revelem os mistérios

Que me atraem para oceanos de fogo

Como incuráveis vícios sombrios

De um incurável doente

Possuído por sombrias paixões...

2 comentários

Comentar post