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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Somos dois

Quero guardar na minha mão cerrada

Todos os momentos lindos

O rio...o mar ...a estrada

Os flamingos...

 

Quero ter para sempre

Essa lembrança do que somos

Até ao dia em que já não formos...dois

Mas apenas um...depois

 

Corpo em alma...alma em corpo...silêncio

Trote de vento em gelosia

Paz de corpo em harmonia

Dedos a escorregar pela face do tempo

Distância de memórias...que fomos

Que somos...que já não somos...

Efémero.

 

Lábios colados...respirar de noites

Esteiro de prata na noite

No cheiro dos nossos corpos

Palavras feitas de pele

Arrepiada...crestada...cinéfila

A dor da eternidade em cada sítio

O sentir de cada célula em cada veia

 

A teia...

Que tece a nossa vida...cumprida

A carne das horas...

A lâmina das demoras

Demoras-te? Demoro-me!

Em ti…

 

A conversa...o crer de seres minha

O crer de ser teu

O amor que corta o céu

A faca que atravessa a face do nosso medo

Degredo da carne...o corpo

A velhice anónima

 

Ainda seremos nós

Que um dia atravessaremos essa fome de sermos dois?

Ou respiraremos desassossego em todas as posições?

Ou calaremos nas mãos o absurdo de já não sermos?

Intocáveis...fantasmas...sobreviventes...crentes

Em nós...sempre…

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