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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Somos o breve instante da anarquia..


Ouve-se um suspiro nas trevas...silenciosos clarões ameaçam soltar-se da noite


Reluzem como diademas de cinza...fuligem perdida na vidraça da lua...


E por momentos sinto a existência de um despertar...como um Cavalo de Tróia baço


Vejo o silêncio..voam sacos plásticos abandonados...explodem cheiros de erva...


Crimes incompletos vestem-se de verde...a escuridão desperta sopros insondáveis


Há um strip tease de luzes vibrantes...manhosas..vazias...


Neva...debaixo da luminosidade preciosa de um candeeiro de ferro...


Botas pisam as ruas...garrafas de vidro partem-se de encontro aos lábios...bebem eternidades


A cidade parece um filme acetinado...bate como um coração que suspira...


E..no fundo de uma fachada em ruínas...estamos nós...


Somos o breve instante da anarquia...a balança que desperta a luz...a eternidade solitária!