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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sonhos impossíveis...

Invoco a minha carne dispersa pelo entardecer

Disfarço a minha ausência

Debaixo dos andrajos que me restam do corpo

Arredo-me dos caminho

Sou a gazela fugindo da secura da cidade.

 

Um dia percorri todos os estremecimentos da luz

Fiz de mim um fogo fátuo

Transpus os portais do silêncio

Queimei as horas e despedi-me das sombras do meio-dia

Ceguei

Porque vi descerem pequenos raios de luz sobre a lividez dos rostos.

 

E o deserto marcou a sua passagem pelos jardins

Caminhei devagar pelos ruídos

Alguém me perguntou pelos sonhos

Interrompi os passos

Abri os olhos sobre o mar

Ali estava o berço

A voz aniquilada do sol

A velhice sem lembrança

O desprezo dos ventos..morava também ali

Junto à entrada daquele mar feroz

Avancei por mim adentro

Lembrei-me de bater à tua porta..persegui-me

Mas a lama dos poço profundos

Agarrou-se ao meu caminho...

E desfiz-me numa enorme constelação

De sonhos impossíveis...

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