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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sou aquele...

Guardo dentro de mim

Essa vida construída na insónia

Esqueci o passado...atirei-o ao vento

E sigo sereno e límpido como um lago

Habituei-me às sombras

Aprendi a ler as horas no silêncio das florestas

Nenhum caminho me detém

Nenhuma aflição me acode

Sou um frágil fio de tempo

A oscilar num pêndulo indefeso

 

A nada posso atender

Tenho todo o tempo que preciso...sigo

Dissolvido numa réstia de mim

Imagino caminhos...profecias...ilusões

Habituei-me a ser o barro...o barco

O cais onde aporto

Sou o lume suspenso na paciência da noite

Sou aquele...o tal

A minúscula pedra preciosa

Que o tempo vai polindo...

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