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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Sou qualquer um

Sou qualquer um que passa por ti na rua

Sou aquele que conhece as caves da tua solidão

Mas não sou aquele que te aponta o dedo

Nem o que espreita na sombra

Sou apenas um louco perigoso

Um louco que descobriu na dualidade do ser

A demência que nos faz ser inteiros e maravilhosos

 

Sou aquele que descobriu

Por debaixo de perfumes austeros

A beleza dos corpos que correm ansiosos

Implorantes e fátuos...desejados e desarmónicos

Fielmente convertidos às leis sagradas

E erguidos perante a tirania ofuscante da beleza 

Como se não fossem escravos da idade

Como se não tivessem ventre

Como se não implorassem amor

Como se não cantassem embriagados pelo desejo

Árias... que nos olhos esplêndidos traçam os destinos

Onde enterramos juras!

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