A tarde. O silêncio nos olhos. O brilho nas memórias. Na ponta do cérebro cintilava a existência de um desinteresse. Era a inércia do cérebro a acompanhar a abstracção do homem. Tudo se (...)
Áridos e esguios dias. Arestas de frio percorrem as ruas. Branca geada de surpresas aflitas. O Homem e as suas faltas. O Homem e tudo o que lhe falta. O agoiro de um céu cerúleo. A tarde. O (...)
Há uma ponte colada às margens do rio
É nela que se escondem as palavras e as borboletas... ao anoitecer
Há uma melancolia acampada no frio do outono
Há folhas de silvados agressivos a (...)
Nas horas mais ternas da noite
Todos os meus pensamentos vibram com a doçura dos desejos
Fantasmas visitam-me vestidos de aves vagarosas
Abro a janela e sento-me no escuro...
Perante a (...)
Um sorriso...um gesto...
A mão que voa encantadora...
A sedução feita em muitas cores...
Em todas as cores.
No gesto descrito pela mão está o corpo...
A beleza gasta pelo tempo...
Rec (...)
Dentro do espelho ficou presa a imagem de um rosto
Solitária casca sem tempo nem verdade
A boca fala de memórias de luas esquecidas
O tempo balança-se nas conchas do outono
É altura de (...)
Tudo mudou...as coisas deixaram de ser coisas...tornaram-se ridículas
depois daquele dia em que decidimos que devíamos ser felizes..ou não
as portas abriram-se e os nossos corpos que (...)
Vejo as cortinas corridas sobre as portadas de pedra...
E não descortino o teu rosto encastrado no escuro do vento
É a partida....o inesperado...o sono que te arrasta para te proteger dos (...)
Olho para todas as coisas e todas as coisas me são estranhas. Olho para todas as coisas como se nada me pertencesse. Ou...como se fosssem um imenso puzzle que me entretenho a desmontar.
A (...)
A minha mão cresce para o dia...
Como uma pedra que rola pelas folhas mortas do sonho
Os meus olhos descem pela parede sombria dos pátios
Como a neve que beija as janelas fechadas.
Par (...)