Quem serás tu divinal criatura
Que chegas como uma ave prometida
Que caminhas por entre camas friorentas
Que convidas os odores do verão florido
Acompanha-te o rústico gelo de uma pedra
(...)
Enquanto espero pelo próximo espectáculo
Descubro vestígios de rostos extintos
Reparo nos estertores das galáxias
Vejo o abismo encantado das amendoeiras
Escorrego...escorrego pelo (...)
Corro à frente do tempo
Sou a foto ténue da infância
Uma casa que desliza rente ao meu reflexo
Como algo que nunca vejo
Ou um espectáculo a que nunca assisto
Acendo a luz e cresço
Atr (...)
T Tenho silêncios que me envolvem Tenho um cais e um barco e uma flauta Tenho uma roda de estrelas mortas à nascença E uma seara de dúvidas azuis Despontando nos meus olhos de criança. Troqu (...)
Olhares embriagados e sórdidos
Espreitam a morte sob a chuva que enche os rios
Vinhos...cartas de jogar fora
Cansaços marítimos de mapas extraviados
As cidades passarão por nós na (...)
Perfeita é a catástrofe que gera o mundo
Largos são os caminhos onde já passei
Os dias eram meus...
Mas deixei-os noutro lugar
Talvez se encontrem agora nas areias
Talvez sejam mitos (...)
Estratégicas veias tremem de frio
Assustam-se com as palavras...estão exaustas
Chego a casa e ouve-se uma música...cheia
Como uma espiral com arestas
Ou um papel dorido pelas palavras
E (...)
Acedem-se as saudades com a fria luz
O tempo é uma curva de instantes
Os dedos deslizam pelo silêncio do que já foi
E as sombras dançam um bailado sem par
Procuro a forma inventada do (...)
Ilustro a minha imaginação com a meia-luz da rua
O meu quarto é uma câmara escura
Onde sombras solitárias enfeitam as paredes
E onde a minha alma se desnuda...transparente.
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Escondi (...)
Há uma aldeia fantasma em cada um
Uma casa desabitada
Onde procuramos colocar a tela que pintamos
Sim...e há uma escrivaninha que nos obriga a escrever
A descrever …
A ausência de um (...)