As casas sangram
As ruas soltam golfadas de solidão
Nas pedras do passeio
Gritamos como ontem...fugimos como amanhãs
Rodamos a chave
E desaparecemos na profundidade dos quartos
Dramát (...)
Estico o arco
Despenho-me no interior da luz
Dos campos sopram aventuras de orvalhos
O paraíso é o silêncio cravejado por utopias
Não há limites para o corpo de quem morre
Não há (...)
Há uma beleza primordial nas crianças. Essa beleza primordial vive nelas entre os dois e os nove anos. Depois perde-se. Tive a felicidade de desfrutar de uma criança durante esse tempo de (...)
I
Existência dissonante
Vértebra líquida...lágrima poética
Murmúrio de noite...suave flauta
Além o espaço
E para além do espaço...o frio
Nítida chama a tremeluzir na alma
Vít (...)
Levantei-me cedo e entrei na espessa manhã brumosa
Nada me segue...nem a minha sombra
Saboreio esta liberdade
E sento-me no paredão junto ao rio
Procuro encontrar-me nos olhos dos que por (...)
Na amnésia da noite está o espaço
Que medeia entre o teu caos e o meu deslumbramento
Na tua voz se deitam os momentos
Em que os sonhos tecem delícias.
O vento vibra
Alagando todos (...)
Vou até ti
Como quem vai seguindo a imparável emoção dos encontros
Chego e vejo o começo de um mundo
A abrir-se lentamente ao regato dos sentidos
Não sei se vida começa dentro de um amor
Encontro no silêncio do tempo a resposta às perguntas que não faço. Deixo-me levar pelos caminhos e sinto que volto a esse outro tempo adormecido. Gosto da harmonia do silêncio. Gosto das (...)
I
O voo de um pássaro desfolha um céu de veludo azul. ..
e transforma-se na luz de um tempo feito de solidão.
II
Que sentes quando pisas o cascalho da alma?
III
Espesso vento...unhas de (...)
T Tenho silêncios que me envolvem Tenho um cais e um barco e uma flauta Tenho uma roda de estrelas mortas à nascença E uma seara de dúvidas azuis Despontando nos meus olhos de criança. Troqu (...)