Crescemos com as coisas simples
Com as pequenas coisas..
Pequenos legos coloridos de emoções
Construções de lágrimas..invisibilidade
Crescemos agarrados a uma mão
A um dia...a um (...)
Eu era um clandestino imobilizado sobre um instante sem duração
Talvez me sentisse um desejo
Ou um sorriso que se desmorona sobre a cidade
Talvez o meu tempo fosse pouco
Talvez o tempo (...)
Escrevo o último instante
Sobre o sono murcho das buganvílias
O sono é mais pesado que o ladrar dos cães
O silêncio dilui-se nesse ladrar acidental
Recolho-me dentro do sorriso feito (...)
Fecho a minha porta ao mundo
Recolho-me às palavras
Que são a minha testemunha dos dias arrastados
Por isso matizo as minhas horas
Com a beleza fulminante dos saturados
E pergunto aos (...)
Rosto minguado
Engravidado pelas gotas
Que escorrem das folhas mortas das árvores
Chão contrariado
Contraído numa demora de mulher sem roupa
Ausência de tempo...instável silêncio
Se (...)
Que lugar é esse onde as vozes se escondem em sufocos cristalinos
Que luzes de coral e bruma nos guiarão pelos naufrágio dos dias
Até que descansemos destas ilhas de profunda melancolia
S (...)
O vento afia as suas rajadas no desassossego das esquinas
Algures uma miragem descobre um abrigo feito de sonos vivos
As sereias pedem boleia na margem das ruas estagnadas
E um (...)
Abri os meus olhos
E vi a irresistível atracção da beleza trágica
Inflamada por um tempo sem essência
Que se faz passar por uma recordação
Absurdamente maravilhosa e clarividente
(...)
Estás comigo como uma árvore antiga
Cujas folhas têm o tamanho das sombras
E cujo perfume encanta os meteoros tormentosos.
Que belos... vagueiam pelo céu
Onde estão ancoradas as minhas (...)