No rio... a cinza da tarde derrama-se pelas margens
a água é um sopro da tua boca eloquente
que molha a minha pele feita de ferrugens
enquanto o tempo desliza sobre a fresquidão dos segredos.
Uma vez, era ainda muito novo, disseram-me, falando sobre segredos, que;” o segredo quando é partilhado deixa de ser segredo”. Hoje essa frase veio-me à memória e resolvi escrever (...)
Um halo de luz desabou do céu
Um pintor desenhou uma tela de sangue
O suor escorreu ...a respiração rebentou
O pranto enrosca-se numa coluna de Juno
As rugas da memória cheiram a mitologia
E os cabelos ondulam no adormecimento do vento...