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folhasdeluar

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No rio...

No rio... a cinza da tarde derrama-se pelas margens a  água é um sopro da tua boca eloquente que molha a minha pele feita de ferrugens enquanto o tempo desliza sobre a fresquidão dos segredos.

Sinais

É neste silêncio que as azenhas ainda resistem aos sinais do fim e as estrelas glaciais respiram fundo...consolam a eternidade e dormem juntas as horas despejam luzes sobre o azul marinho (...)

Ave fugitiva

Tombei como uma ave fugitiva Deitado no profundo tempo adormeci Nem me lembrei que há tantas mãos lá fora...no destino A arranhar as comissuras das árvores A morder o sopro das fogueiras (...)

Um halo de luz

Um halo de luz desabou do céu Um pintor desenhou uma tela de sangue O suor escorreu ...a respiração rebentou O pranto enrosca-se numa coluna de Juno As rugas da memória cheiram a mitologia E os cabelos ondulam no adormecimento do vento...

Quero falar

Quero falar de tudo o que ficou por dizer Quero falar do cansaço de quem fica à espera das coisas improváveis E dos delírios que se acotovelam na balaustrada da noite Onde secretos (...)

Verão

  Há em mim uma tristeza sem tempo Seara de oiro polvilhada de pétalas vermelhas Verão de sol viscoso Onde o canto das cigarras se empoleira nos ramos das oliveiras   Há em mim as (...)