Traje de gala
Harpa de luz a percorrer os caminhos do silêncio
Ave nascida na vertigem da harmonia
Porque te perdes na distância azul do mar?
Porque escolhes ser a dispersão de ti?
Sabes que na espera dos dias
A terra é uma inútil esperança
E que o sublime êxtase
Reside no branco gasto do medo
E nos teus olhos
Que baloiçam em redor do arvoredo
Quem te fala das dores leves dos segredos
E dos dias que germinam em jardins misteriosos
Quem te fala dos lírios de esperança...
E das luas que dançam em puros trajes de opala
Enquanto a tua alma dança
E balança...balança...balança
Vestindo um ofuscante traje
De gala...