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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Translúcida calma...

Vértice de corpo...peso de espera

Dedos que sibilam no antro da noite

Na esperança do vazio dissolvo o fogo

Apenas possuo o medo das sombras.

 

Perfeito tormento...tranquilo chão...flor de orvalho

Não olhes...não esperes...dorme.

 

A rua é uma parede tardia

Um campo vasto ...uma luz sombria

Envelhecemos...lembras-te de nós?

Já nada floresce no chão das tílias.

 

Translúcida calma...breu de guerreiro

Tudo enlouquece no manto de fevereiro

Poema de março estendido ao sol

Estrada inútil...varanda de sonho

Pinto florestas...assombro janelas

Demoro-me nas fontes

Esqueço as ausências

Espero por elas...

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