Translúcida calma...
Vértice de corpo...peso de espera
Dedos que sibilam no antro da noite
Na esperança do vazio dissolvo o fogo
Apenas possuo o medo das sombras.
Perfeito tormento...tranquilo chão...flor de orvalho
Não olhes...não esperes...dorme.
A rua é uma parede tardia
Um campo vasto ...uma luz sombria
Envelhecemos...lembras-te de nós?
Já nada floresce no chão das tílias.
Translúcida calma...breu de guerreiro
Tudo enlouquece no manto de fevereiro
Poema de março estendido ao sol
Estrada inútil...varanda de sonho
Pinto florestas...assombro janelas
Demoro-me nas fontes
Esqueço as ausências
Espero por elas...